quinta-feira, 19 de novembro de 2009

ARTIGO SEMANAL: 20 de novembro de 2009

OITO MILHÕES, DUZENTOS E SESSENTA E SEIS MIL E SEISCENTOS REAIS

“Nunca antes na história desse país” a politicagem foi tão velada-escancarada. O Teatro Nacional de Brasília, com lotação máxima de 1.400 assentos, teve que abrigar, no último dia 17, 1.800 pessoas para assistir ao lançamento do filme cuja trama é a biografia do “comandante-em-chefe”.

Da mesma forma, “nunca na história desse país” uma produção cinematográfica consumiu tanto dinheiro: R$ 16 milhões patrocinados pela AmBev, Camargo Corrêa, Embraer, Suez, Nestlé, OAS, Odebrecht, Oi e Volkswagen. Estas empresas, voluntariamente, sem nenhum pedido dos produtores, adiantaram-se em oferecer os recursos. Não precisa (ou precisa?) lembrar que a Oi, antiga Telemar, foi a mesma que “doou” R$ 10 milhões à empresa do filhinho do “comandante-em-chefe” anos atrás. Porque não “doaria” para o papai, já que o presentinho passado não deu em nada, como era de se esperar?


Maneira sofisticada de fazer doações irregulares para campanha pré-anunciada, está claríssima a intenção de, nas vésperas do pleito eleitoral presidencial, mais uma vez, ludibriar a massa, infelizmente, bastante manobrável. Não custará muito para que o filme seja exibido gratuita, e talvez obrigatoriamente, nas escolas e faculdades Brasil afora. Porque a intenção é evidente: assista à projeção, chore, emocione-se e vote “nela”.


Quem quiser votar na “ternura em pessoa”, vote, isso não é problema meu. É problema de quem quiser votar e optar por dar continuidade a um (des)governo populista, abortista, inescrupuloso e fantasioso que transformou o Brasil, ao longo de oito anos, numa verdadeira “ilha da fantasia”, onde “tudo está muito bem”!


O que questiono aqui é o aprofundamento do buraco em que estamos nos metendo. Enquanto a previsão do salário mínimo é de R$ 520,00 (ridículo!!!), e no momento em que famílias carentes são silenciadas com programas assistencialistas para os mais diversos gostos (agora teremos o “bolsa celular”), a “companheira Dilma” surge como a mãe dos pobres, justamente ela que, recentemente, no dia 08 de abril de 2009, apenas por fazer parte do Conselho Administrativo da Petrobrás (deve trabalhar muito), deliberou receber em causa própria, juntamente com demais membros (incluindo o Guido Mantega), “R$ 8.266.600,00 (oito milhões, duzentos e sessenta e seis mil e seiscentos reais), no período compreendido entre abril de 2009 e março de 2010, aí incluídos: honorários mensais, gratificação de férias, gratificação natalina (13º salário), participação nos lucros e resultados; passagens aéreas, previdência privada complementar, e auxílio moradia”. Duvida? Acesse, então http://www2.petrobras.com.br/ri/port/InformacoesAcionistas/pdf/ATA_AGO_08abr09_port.pdf.

Esta senhora, que se orgulha (não sei do que!) de no passado ter patrocinado o terrorismo, seqüestros, assaltos e a anarquia no Brasil, agora oferece seu nome ao eleitorado. Na verdade, a “subversão” de muitos foi, na verdade, um investimento, em que conste as volumosas e gordas indenizações pagas por este (des)governo que aí está.


“Filho do Brasil” é o nome do filme. Eis o novo herói nacional. Em breve, uma “heroína”. Arquem com as consequências.

Um comentário:

  1. Sou contra o filme num ano eleitoral, Lí também um salário mínimo de R$520,00...
    Só quero ver por quanto tempo vai se rastejar a Previdência falida!

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