quarta-feira, 15 de julho de 2009

ASSUNTO MILITAR: O que nos parece?

Carlos Chagas, 15 Jul
(no site do Cláudio Humberto)
MAIS EFEITOS DE UM ERRO ANTERIOR

Não se passa um dia em que não se lamente a iniciativa do então presidente Fernando Henrique em criar o ministério da Defesa, contrariando nossas tradições e interesses superiores. Tratou-se de uma espécie de represália contra as Forças Armadas, ou melhor, contra os excessos praticados por maus chefes, no passado. Extinguir a figura dos representantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica nas reuniões do ministério significou afastar os militares dos centros de decisão do poder, substituídos por um civil que, diplomata ou político, pouca relação tem com as questões castrenses. Mais um exemplo da pequenez da decisão de FHC verifica-se esta semana. O jurista Nelson Jobim encontra-se na França tomando decisões que muito melhor caberiam a ministros, se ainda existissem, da Marinha e da Aeronáutica. Está comprando submarinos franceses contra a tendência verificada na Marinha de continuar adquirindo essas belonaves na Alemanha.
E vai optar por aviões de caça também franceses, ou suecos, quando a maioria dos pilotos da FAB preferia manejar aeronaves russas ou americanas. É claro que os comandantes das três forças foram consultados por Jobim, mas sem o poder decisório que lhes caberia como ministros. Acresce uma inusitada interferência nessas operações no mínimo singulares: a empresa estatal francesa escolhida para nos vender os submarinos acaba de determinar que as obras para a construção de um novo estaleiro devem ser entregues a uma determinada empreiteira brasileira. Nada de concorrência, senão não tem negócio.
Estranha essa imposição, não parece?

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